Guilherme Justino
Vítimas de malformações causadas pelo uso da talidomida estão apreensivas: no final de outubro, receberam uma carta, em alemão, originada da fundação germânica que há décadas fornece a elas uma pensão vitalícia como forma de “compensar” os danos causados pela droga, originalmente fabricada no país europeu pelo laboratório Chemie Grünenthal. Entre os 58 brasileiros beneficiados, quem buscou uma tradução logo se assustou com o conteúdo: a Fundação Contergan para Pessoas com Deficiência (Conterganstiftung für Behinderte Menschen, em alemão) informava a intenção de interromper os pagamentos que, para muitas dessas pessoas com deficiência, são a principal – se não a única – fonte de renda.
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