A Justiça determinou a indisponibilidade dos bens do prefeito de Cruz Alta, Juliano da Silva (PDT), da esposa dele e do filho. A decisão atendeu a pedido liminar do Ministério Público em ação civil pública por atos de improbidade administrativa. Caso haja condenação de Silva, que concorre à reeleição, a medida servirá para garantir o ressarcimento dos valores adquiridos por enriquecimento ilícito.
A ação da Promotora de Justiça Tássia Bergmeyer da Silveira afirma que a declaração de bens apresentada pelo prefeito à Justiça Eleitoral em 2016 indica um aumento patrimonial em relação a 2012 superior a R$ 670 mil, o que corresponde a 229%.O documento também acusa o prefeito de ocultar do conhecimento público bens que seriam de sua propriedade, mas que estão registrados em nome de terceiros.
Entre eles estão uma caminhonete Hillux, registrada no nome do secretário de Administração Municipal, João Vanderlei Vieira, outra caminhonete de mesmo modelo que está em nome da sogra, e cerca de 12 cavalos de raça. O Ministério Público afirma que Juliano da Silva declarou patrimônio superior a R$ 960 mil, e que o valor não declarado através de ocultações e divulgação de valores inferiores é estimado em R$ 400 mil.
A Rádio Gaúcha tentou contato com o prefeito, mas ainda não teve retorno.