Por Manuela D'Ávila, candidata à prefeitura de Porto Alegre por PCdoB e PT
Acordei antes das seis horas, como sempre. Estamos em 2024. Levantei da cama devagar e fui até o quarto da Laura. Olhei aquela menina grande, que agora tem nove anos. Quando assumi a prefeitura, em janeiro de 2021, muitas coisas me preocupavam. A cidade estava impactada pela pandemia do coronavírus. A perspectiva da falta de dignidade em que viviam as pessoas mais pobres me tirava o sono. Queria que as crianças tivessem as mesmas condições de crescerem que minha filha.
Mobilizei energias para solucionar os problemas que a pandemia agravou. Subir aquelas escadas do paço municipal como a primeira mulher prefeita me fazia ter ainda mais responsabilidade com mulheres e crianças. Uma da primeiras ações colocadas em prática, depois da negociação para termos a vacina contra a covid, foi recompor a perda do ano letivo de 2020. Fomos firmes no combate ao trabalho infantil e à evasão escolar. As crianças saíram das sinaleiras e estão com seus tablets na mão, estudando, para nos ajudar a construir uma cidade mais humana, inovadora.
O povo voltou a participar das decisões políticas que mais afetam sua vida, as plenárias do orçamento participativo estão lotadas
O poder público foi parceiro na retomada da atividade econômica e na criação de empregos e renda pós-pandemia. Vi pequenas empresas fecharem em 2020 e, aos poucos, com nossa política de microcrédito e as ações das compras governamentais, vi mais gente voltar a trabalhar. Hoje, o orgulho de ser porto-alegrense está tatuado nos olhos das pessoas de novo. O povo voltou a participar das decisões políticas que mais afetam sua vida, as plenárias do orçamento participativo estão lotadas. A saúde, gerida de forma pública e sem mais terceirizações, está mais próxima às pessoas. Porto Alegre está mais sustentável, recicla o dobro de resíduos sólidos. O Carnaval de rua é respeitado, as pessoas não têm medo.
Laura está na 4ªsérie do Ensino Fundamental. Muitas outras crianças, de toda as partes da cidade, também estão. As menores conseguiram, finalmente, vaga na educação infantil. Com o Fundeb, zeramos o déficit. Devolvemos a alegria que Porto Alegre carrega no nome. A cidade está pronta para um novo ciclo de prosperidade: viu como tinha como fazer?