A Polícia Federal realiza nesta manhã (11), a operação Vidas Secas. O objetivo é prender suspeitos de participar de um esquema de superfaturamento das obras de engenharia executadas para a transposição do Rio São Francisco, no Nordeste brasileiro.
Segundo as investigações, empresários do consórcio OAS/Galvão/Barbosa Melo/Coesa usaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões das verbas públicas destinadas às obras, no trecho entre o agreste de Pernambuco e a Paraíba.
De acordo com o portal G1, os contratos investigados até o momento são de R$ 680 milhões. Algumas empresas ligadas à organização estariam em nome do doleiro Alberto Youseff e de um lobista de nome ainda não divulgado, investigados na Operação Lava Jato.
Ao todo, são cumpridos 32 mandados nos estados de Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Brasília, sendo 24 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de condução coercitiva e quatro mandados de prisão. Os investigados irão responder pelos crimes de associação criminosa, fraude na execução de contratos e lavagem de dinheiro.
No Rio Grande do Sul, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na empresa de engenharia Ecoplan, na rua Felicíssimo de Azevedo, no bairro Higienópolis, em Porto Alegre. Esta empresa é responsável por diversos estudos de obras e supervisões no Rio Grande do Sul. Entre elas, a ligação asfáltica entre São José do Norte e Rio Grande, nova ponte do Guaíba e implantação de pedágios em rodovias federais.