A Delegacia de Proteção do Idoso registra de 10 a 15 ocorrências diárias, desde a perda de documentos até situações de violência. A média mensal é de 150 denúncias, realizadas principalmente por vizinhos e familiares.
Abandono, agressões e crimes financeiros são, nessa ordem, os três delitos mais frequentes. Os crimes são desde o estelionato ou o chamado golpe do bilhete, nas classes mais altas, até aquela pessoa que se apossa do cartão bancário. Nesse caso, de acordo com o delegado responsável, Antonio Paulo Torres Machado, os familiares ou cuidadores se aproveitam de um estado menos atento do idoso e se apossam do cartão para saque de salário e usam o dinheiro em benefício próprio. As penas, de acordo com o delegado, são muito brandas. A privação de liberdade só acontece se for confirmada a agressão física, e ainda assim depende da confirmação da vítima: "Mas é muito difícil. Eles (os autores), sabem fazer as coisas. Muitas vezes chegamos na casa e o idoso que está sofrendo aquela represália, ou o crime financeiro, não quer acusar o autor por ser um familiar". Ainda segundo o delegado, há relação entre uso de álcool e drogas e a violência cometida contra pais e avós.
A Delegacia de Proteção do Idoso funciona na Avenida Ipiranga, 1803, ao lado da Área Judiciária no Palácio da Polícia. O horário é de segunda à sexta, das 8h30min às 12h e das 13h30min às 18h. Mas, qualquer outra delegacia, nesse horário ou fora dele, é obrigada a receber ocorrências de crimes previstos no Estatuto do Idoso.
Para evitar o estelionato contra idosos algumas orientações são importantes:
- Não peça auxílio a estranhos dentro do banco, identifique ou requisite um funcionário designado para essa função;
- Não forneça a senha do seu cartão bancário a ninguém;
- Não dê detalhes da sua rotina ou da sua vida em locais públicos como filas de caixa eletrônicos ou mesmo dentro do ônibus.