O Brasil fez excelentes campanhas e, nas últimas edições dos Jogos Olímpicos, de forma sucessiva, quebrou seus próprios recordes de conquista de medalhas desde Pequim 2008.
Na China foram 17 pódios, marca igualada em Londres, quebrada no Rio, com 19, e depois superada em Tóquio, com 21 medalhas. No Japão foram sete ouros, o que é o maior número obtido por uma delegação brasileira. Assim como tinha ocorrido cinco anos antes, quando o megaevento esportivo foi sediado na América do Sul pela primeira e única vez na história.
Esses resultados fizeram com que em 2016 o Comitê Olímpico do Brasil (COB) tivesse por objetivo terminar no top-1o do quadro geral de medalhas. Cabe lembrar que a classificação aqui é feita pela quantidade de ouros conquistados e não pela totalidade de pódios. Nas duas últimas edições, nossos atletas terminaram em 13º e 12º lugar, respectivamente.
Que Paris traga o verdadeiro sentimento olímpico ao mundo
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Daqui um ano, Paris dará início a mais uma Olimpíada e GZH lista quatro potenciais candidatos a estar no pódio.
Marcus Vinícius D'Almeida
Apontado como uma das grandes promessas do esporte brasileiro, Marcus Vinícius D'Almeida se prepara para a disputa de sua terceira Olimpíada. Em 2013, aos 15 anos, ele participou de suas primeiras competições internacionais e, no seguinte, levou a prata nos Jogos Olímpicos da Juventude. Desde então, não saiu mais do foco do COB, sendo trabalhado ano após ano, ciclo após ciclo. Agora, ele finalmente parece estar no auge.
Marcus é o número 1 do ranking mundial no arco recurvo desde fevereiro deste ano e tem acumulado excelentes resultados, como o vice-campeonato mundial de 2021 e títulos em etapas da Copa do Mundo da modalidade, uma delas em Paris.
E é lá, na Esplanada dos Inválidos, um jardim público no centro da capital francesa, que o carioca participará da competição marcada para acontecer de 25 de julho a 4 de agosto.
Filipe Toledo
O Brasil tem se notabilizado por dominar o Circuito Mundial de Surfe (WSL) nos últimos anos. A Brazilian Storm virou uma marca e as vitórias são uma constante. E para os Jogos de 2024, um brasileiro já está classificado: Filipe Toledo.
Dentro de alguns dias, de 20 a 30 de agosto, a WSL terá sua 10ª etapa da atual temporada, que tem Filipinho como líder e já garantido no Finals. Mas a competição em Teahupo'o, na ilha do Taiti, parte do arquipélago da Polinésia Francesa, território ultramarino da França no Oceano Pacífico, será importantíssima, pois servirá como evento-teste para a Olimpíada.
E mesmo estando a 15,7 mil quilômetros de distância da capital francesa, a medalha olímpica terá um sabor e gosto especial na modalidade que estreou no programa dos Jogos em Tóquio. Na programação oficial, as baterias eliminatórias até as disputas por medalha acontecerão entre 27 e 30 de julho de 2024.
Bia Haddad Maia
Canhota, alta (1m85cm), bom saque, golpes potentes e capacidade de adaptação a todos os pisos, além de excelente duplista. Todas estas características sempre geraram expectativa sobre Bia Haddad Maia. Duas vezes finalista de Roland Garros, na categoria júnior, em torneio de duplas, a paulista demorou para chegar ao topo do mundo do tênis.
Mas, aos poucos, através de títulos e grandes campanhas como a semifinal de Roland Garros este ano ou a final de duplas do Aberto da Austrália de 2022, Bia Haddad virou expoente do circuito feminino.
Ela foi promessa, depois surpresa e até mesmo ficou marcada por suspensão por doping ocasionado por contaminação involuntária dos frascos de um componente multivitamínico, com diversas vitaminas e minerais, para complementar sua dieta e exercícios, que ela tomava sob prescrição médica. Mas hoje a paulista é uma das cinco classificadas entre as 15 primeiras do ranking de simples e de duplas da WTA. Além dela, as americanas Jessca Pegula e Coco Gauff, a russa Veronika Kudermetova e a tcheca Barbora Strýcová ostentam tal condição.
E, se em Tóquio Luisa Stefani e Laura Pigossi fizeram história com o primeiro pódio do tênis brasileiro, em Paris é bem possível vermos Bia Haddad Maia lutando por um lugar no pódio no torneio que acontecerá em Roland Garros, entre os dias 27 de julho e 3 de agosto.
Beatriz Souza
Medalhista nas três últimas edições do Mundial de Judô, com uma prata e dois bronzes, Beatriz Souza é nome certo na equipe de judô do Brasil em Paris. A atleta da categoria pesado (+78 kg) tem conquistado resultados constantes e importantes nos últimos anos e por detalhes não esteve nos Jogos de Tóquio em 2021, quando a agora aposentada Maria Suelen Altheman representou o Brasil.
Forte e ágil, Bia hoje é treinada por Maria Suelen e contará com a experiência da ex-rival para subir no pódio da Arena Champ de Mars, local das competições olímpicas do judô, no dia 1º de agosto de 2024, quando sua categoria será disputada.