Claudia Tajes
Ela ficava no ponto mais nobre da sala, com vista privilegiada para a televisão e ao lado de uma mesinha para apoiar copos e petiscos. Reclinava, balançava, tinha apoio para a cabeça, banqueta para os pés e, no mais das vezes, as crianças não deveriam chegar perto – mas claro que chegavam para reclinar, balançar e, volta e meia, estragar o mecanismo da coisa. Ela, a cadeira do papai, era uma atração dos lares brasileiros no tempo em que o homem reinava nos seus domínios.
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