O Ministério da Agricultura divulgou a lista das treze vinícolas investigadas pela utilização de antibiótico em vinhos. A substância natamicina ajuda a prolongar a conservação da bebida e é proibida no vinho, mas em alimentos como queijo ela pode ser utilizada.
Segundo o diretor-técnico do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Leocir Bottega, as empresas apontadas são muito pequenas e não possuem tecnologia avançada para a conservação do produto.
- Isso não justifica o erro e as vinícolas terão de ser responsabilizadas - afirma. Bottega ainda ressalta que o consumidor deve ficar tranquilo:
- Não acredito que possa fazer mal à saúde das pessoas, inclusive, lembro agora da África do Sul, onde é permitido o uso da substância em vinhos.
Segundo o Ministério, todos os lotes destas empresas com problemas foram recolhidos do mercado, ainda no ano passado.
A exemplo do leite, a produção do vinho está sujeita às fiscalizações federais e estaduais. Pois o equipamento que permitiu a identificação da natamicina, substância antifúngica, só foi obtido pela superintendência do ministério em 2013. A secretaria da Agricultura, por sua vez, não tem o equipamento capaz de rastrear o uso de antibiótico.
Um projeto de US$ 4 milhões para a modernização da estrutura já foi encaminhado ao Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem). Os recursos estão previstos para chegarem ao Estado em 60 dias, mas, para isso, é necessário um aval da cúpula do Mercosul.
Vinhos com substância proibida
Veja as vinícolas investigadas por uso de antibiótico
Ministério da Agricultura apontou as treze indústrias que são investigadas pelo uso de natamicina nos produtos
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